Após da excelente recepção do Primeiro Congresso Internacional de Antropologia em Madrid, a Associação AIBR, em conjunto com o grupo de pesquisa consolidado GRECS (Grup de Recerca Sobre Exclusió i Control Socials) têm o prazer de convocar a todos e todas especialistas da disciplina para nosso Segundo encontro anual para o mês de Setembro de 2016, na maravilhosa cidade de Barcelona.
Cientes da possibilidade e da necessidade de fortalecer os nossos percursos de carreira, bem como de pôr em contato um número crescente de pesquisadores e académicos, este Segundo Congresso tem o objetivo de consolidar os laços já estabelecidos em Madrid.
À experiência da Equipe Coordenadora do Primeiro Congresso da AIBR, une-se a colaboração do GRECS, da Universidade de Barcelona. Este grupo tem uma longa história de pesquisas em dispositivos contemporâneos de exclusão, que, desde a Antropologia, incardina a sua atividade científica na análise e compreensão das dinâmicas da identidade e das relações sociais, políticas e culturais que as tornam possíveis.
O tema geral desta edição, «Identidade: Pontes, Limiares e Muros», recupera e põe em questão um conceito clássico que doa continuidade às principais linhas de discussão da Antropologia. Desde as origens da disciplina, refletimos sobre as categorias, as continuidades e descontinuidades como elementos característicos do ser humano. Em cada tempo e lugar a humanidade foi concebida como um todo e, ao mesmo tempo, associada com uma particularidade. Mas, até que ponto não estamos a inventar, nos grupos humanos, os conceitos de identidade ou cultura? Se nós temos tradicionalmente distinguido a identidade da alteridade, ou a cultura da natureza, e se as segundas nos fizeram ligar e desligar-nos frente das primeiras, é que não são os conceitos essenciais da disciplina ainda os nossos próprios muros?
As classificações humanas juntam e diferenciam, unem aquilo previamente separado, tornam visível o invisível, destacam alguns atributos em detrimento de outros. Subir para um nível de contingência faz necessário discriminar, distinguir, separar. Mas subir para um nível diferente implica a incorporação, enredar. É com estes vectores onde a ideia de identidade é boa para pensar e ser pensada; para discutir e causar a reflexão antropológica que abrimos com este congresso.
(Fotografia: Barna des del Masnou. Diotime1)